O sensor de vento de frente plana da série FT7 é projetado para permitir a instalação rápida e fácil em uma barra de metal e é mais utilizada em controle de turbinas eólicas.
O sensor tem capacidade de aquecimento suficiente para aquecer a barra de metal. Isso previne que gelo se acumule sobre a barra e bloqueie o fluxo de ar através do sensor durante eventos de formação de gelo. A barra de metal precisa ter uma condutividade térmica maior que 120 W/mK pra garantir transferência de calor suficiente do sensor.
O diagrama abaixo mostra a instalação na parte superior de uma nacela de uma turbina eólica. O alinhamento da barra permite que o sensor seja repetidamente alinhado ao eixo central da turbina sem erro.
A barra de montagem deve ser feita de um material apropriado, de preferência alumínio de alta qualidade para obter uma boa condutividade elétrica e térmica. A barra deve ficar alinhada durante a fabricação, de modo que fique perpendicular à linha central da turbina. Dessa forma o sensor pode ser instalado posteriormente, e ficará alinhado automaticamente. O plano de montagem do sensor é acoplado à barra utilizando apenas um parafuso.
Para garantir ao sensor um ciclo de vida prolongado, uma capa de borracha contrátil a frio (FT909) deve ser utilizada para a proteção do cabo de sinal e do conector. Sem a capa retrátil a frio o cabo e o conector ficam expostos ao ambiente. Isso coloca pressão no revestimento do cabo e no conjunto do conector e pode levar a curto circuito ou rompimento de fios no interior do cabo.
O alinhamento correto do sensor é importante para o controle da guinada da turbina. Falha no alinhamento do sensor resulta em desalinhamento da turbina, afetando a curva de potência. Utilize a marcação do ponto referencial do sensor para o alinhamento com a linha central da turbina. A direção do ponto referencial pode também ser deslocada em software utilizando o comando CF.
Em aplicações em que o sensor é montado no alto e próximo à máquinas pesadas, como em uma turbina eólica, o sensor pode ficar exposto a altos níveis de interferência eletromagnética de descargas estáticas e raios próximos. O sensor incorpora um circuito de proteção robusto para blindá-lo contra esses efeitos, significando que ele pode sobreviver sem danos, até mesmo a eventos de sobretensões induzidas por raios superiores a 4 kA 8/20 μs.
O sensor FT é projetado para sobreviver a raios indiretos, mas assim como qualquer outro equipamento elétrico o mesmo não resiste a um ataque direto. Portanto, é essencial que um interceptador de raios apropriado seja instalado no sensor. O corpo do sensor deve ser aterrado juntamente com o interceptador e o aterramento deve ser contínuo até o chão da turbina ou mastro meteorológico em que o sensor estiver montado. Isso serve para garantir que a maior parte da corrente de raios seja desviada do sensor.
Descarga elétrica (raios) direta |
Descarga elétrica (raios) indireta |
O material da montagem e o interceptador de raios devem idealmente ser feitos de alumínio de alta qualidade, ou, se for improvável que a formação de gelo seja um problema, aço galvanizado pode ser utilizado como alternativa. Ambos os materiais apresentam boas propriedades condutores e anticorrosivas.
O cabo do sensor deve ter sua blindagem terminada em ambas as extremidades – 360 graus terminados na extremidade do computador/registrador de dados na parede do gabinete utilizando um passador de cabos EMC. Fios de sinal devem então passar por dispositivos de proteção contra surtos que devem ser corretamente avaliados conforme a Seção de Instalação do Manual do Usuário.
Todas as superfícies de acoplamento devem estar sem revestimentos não condutores e sem corrosão a fim de garantir a mínima resistência ao solo.
A FT Technologies pode fornecer uma lista de verificação de instalação contra raios que é projetada para ajudar você a verificar se o seu sensor e computador/registrador de dados estão adequadamente protegidos contra raios. Entre em contato conosco para solicitar essa lista de verificação.
Os sensores da série FT7 requerem uma tensão de alimentação de 12 V-30 V DC (24 V DC). A fonte de alimentação deve ser capaz de fornecer 6 A (máx.) se o aquecedor estiver ativado, ou 30 mA se não estiver. Todas as conexões elétricas são feitas ao sensor por meio de um conector multipolar fabricado pela Fischer ou ODU. No caso dos sensores digitais, utilize conectores laterais do cabo como os números de peças: SE104Z053-130/8.7 ou SX2F1C-P05NJH9-0001. No caso de sensores analógicos, utilize conectores laterais do cabo com os números de peças: SS104Z129-1 ou SX2F1C-P08NJH9-0001 respectivamente).
A pinagem da base do sensor é a seguinte:
Aquecedor e temperatura do ponto de ajuste
Para obter o melhor do seu sensor em condições de formação de gelo, o aquecedor deve estar ativado e ajustado a 30 °C. Isso ajuda a prevenir a formação de gelo e a condensação de água na cavidade de medição, maximizando a disponibilidade de dados. Além disso, uma temperatura constante do corpo é melhor para a longevidade dos componentes eletrônicos.
Para ajustar o aquecedor, o valor do ponto de ajuste pode ser ajustado utilizando o comando HT (consulte o manual do usuário para mais informações) ou, alternativamente, utilizando nossos pacotes Acu-Test.
Se o limite de corrente padrão de 4 A se mostrar insuficiente ele pode ser aumentado em software para 6 A (no modelo V 22 e acima), mas você deve se certificar de que sua fonte e cabo de alimentação são capazes de suportar pelo menos 6 Amps.
Filtros
Sempre mantenha o filtro interno do sensor ativado. Sempre que o sensor for utilizado para fins de controle, utilize dados filtrados. O sensor é enviado com o filtro interno ativado por padrão e ajustado para um comprimento de filtro de 1,6 segundos.
Sinalização de status (Sinalização de erro)
Analógico: O sensor indica erros e medições fora do intervalo ajustando os loops de corrente para níveis fora da faixa normal de 4-20 mA. É importante que seu equipamento de registro de dados ou sistema de controle possa processar esses dados inválidos de modo apropriado. Consulte o manual para mais informações.
Digital: O sensor possui um mecanismo interno de auto-verificação. Ele sinaliza que uma leitura é inválida definindo um caractere de sinalização de erro na mensagem de saída de velocidade do vento:
$WI,WVP=020.0,045,1*52〈cr〉〈lf〉
Um valor diferente de “0” aqui indica que uma leitura inválida foi detectada.
É importante que seu equipamento de registro de dados ou sistema de controle possa processar esses dados inválidos de modo apropriado. Consulte o manual para mais informações.
O teste de sensores é melhor realizado com nosso pacote Acu-Test, que permite que você conecte o sensor a um PC via cabo USB e visualize as leituras de velocidade e direção do vento em tempo real. O pacote também permite que você altere alguns parâmetros, como a temperatura do ponto de ajuste do aquecedor.
No caso de sensores digitais, um programa emulador de seriais (como o Tera Term ou o HyperTerminal) também funcionam com o cabo fornecido no pacote Acu-Test e é mais uma forma de testar a comunicação. Isso permite que o usuário envie comandos e receba dados do sensor. Observe, no entanto, que a FT Technologies não se responsabiliza pelo conteúdo de sites externos.
Mais informações estão disponíveis no manual do produto. Solicite um manual.
Para informações sobre cabos e conectores consulte a seção Acessórios.
Baixe a folha de dados do Acu-Test para o sensor de vento digital